Haras do Café faz transmissão de Leilão pela primeira vez na TV
Canal Rural exibe o pregão no dia 23 de janeiro, às 21 horas
Haras do Café faz transmissão de Leilão pela primeira vez na TV

Tudo começou através da plantação de café e foi daí que surgiu o nome Haras do Café. Fernando Aguiar Paiva, hoje com 92 anos, já é a quinta geração da família da Fazenda Cachoeira, que desde o século XIX cultiva cafés diferenciados, atualmente a produção é direcionada para cafés orgânicos especiais e sustentáveis. Em meados de 1980, Seu Fernando descobriu outra paixão, criar cavalos. Ao iniciar a criação no município de Santo Antônio do Amparo (MG), ele optou pelo Mangalarga Marchador, raça que é forte no Sul de Minas, região onde fica a propriedade. A partir dali o criador se dedicou a selecionar genética de marcha, mas tinha um detalhe nessa história: o animal tinha que ser de pelagem pampa.

O exemplar número um a chegar no Haras e iniciar o plantel foi Balote AC (Herdade Capricho X Índia do Capitólio), animal que ganhou diversas vezes o Campenato Nacional pela Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM). Anos mais tarde, vários filhos de Balote também se consagraram campeões em pista, dando orgulho ao seu criador e mostrando que ele estava no caminho certo.
 

Fernando Paiva montando Balote AC (Foto: Arquivo)

O primeiro garanhão a ser batizado com a marca do Haras foi Nobre do Café (AMS Onix X Rebeca do Café). Esse reprodutor deu belos frutos ao criatório, como as doadoras Ibis do Café, Hélice do Café, Odalisca do Café, além dos garanhões Tango do Ravi e Junco do Café. Outro feito de Seu Fernando foi produzir Carvão do Café, o primeiro garanhão pampa de preto homozigoto a ser registrado na ABCCMM.

Carvão do Café, primeiro garanhão pampa de preto homozigoto a ser registrado na ABCCMM

Não demorou muito e Miriam Monteiro de Aguiar, filha de Seu Fernando, se juntou a essa história, ou melhor dizendo, a essa paixão. Ao lado do pai ela aprendeu a admirar o cavalo e a selecionar a marcha perfeita e esse amor já está transcendendo mais uma geração. “Desde muito criança tinha meu próprio cavalo e passeava muito. Os melhores presentes que ganhei na infância foram os cavalos, cada um marcou uma fase. Nem preciso dizer que, claro, foi o meu pai quem influenciou nesse amor pelos cavalos e hoje divido essa paixão com minha filha caçula, Flora, de 12 anos, que se tornou uma grande amazona”, comentou Miriam.

Para coroar essa trajetória de mais de 35 anos de sucesso, o Haras do Café programou um grande leilão para o próximo dia 23 de janeiro, a partir das 21 horas. Está será a primeira vez que a propriedade fará um remate com transmissão ao vivo em uma emissora. “Anualmente fazemos um evento com vendas diretas, mas este ano fizemos diferente. Estamos confiante em apresentar nosso trabalho para um universo mais amplo de criadores e usuários do Mangalarga Marchador, especialmente para os que valorizam a pelagem pampa. Além de beleza o cavalo tem que ter os atributos principais que, na minha opinião, são: andamento, docilidade, morfologia e beleza, e isso, com certeza está presente nessa tropa que será ofertada", completou.

Buscando compartilhar esse resultado, o Haras do Café vai ofertar (venda de 50%) suas melhores doadoras e matrizes. Entre os destaques estão: Toada do Café (Axé do Café X Espoleta do Café), doadora homozigota, filha da premiada doadora Espoleta do Café e neta de Haiti Caxambuense. A égua é Reservada Campeã Nacional na Exposição Nacional do Pampa em 2016; Surpresa do Café (Itaqui Xavante X Sabrina Hollywood), doadora de extrema beleza, muita qualidade de marcha e premiada nas pistas da ABCCMM; e Encrenca do Café (Intruso JB X Vivenda do Café), mãe do campeão Brilhante do Café, esse animal traz a linhagem Passa Tempo, que remonta às origens do Haras do Café, além de transmitir muita marcha, beleza e excelente cômodo de sela. 
 

Toada do Café será vendida em 50% (Foto: Divulgação)

O Leilão Haras do Café será transmitido ao vivo pelo Canal Rural, no dia 23 de janeiro, às 21 horas. Acompanhe os lances e bons negócios!

Por Flávia Macedo | Canal Rural